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Era costume dos netos passarem suas férias no sitio de nossos avós, mesmo sabendo dos limites e seriedade do Pai Velho tudo era possível acontecer. Essa história aconteceu com Emílio Eduardo aos 07 ou 08 anos de idade.

 

        Em um dia ensolarado, típico de verão, dia oportuno para se charquear uma rês, chamavam-se os vizinhos  para ajudarem e a retribuição era um churrasco ao meio dia e um generoso pedaço de carne para levar para casa. Ocorre que convidaram um senhor, para cuidar do moquenho. Ele andava descalço, de chinelos ou não tinha o hábito de usar calçados fechados, seus pés tinham um aspecto caloso, seu apelido era BOJO. E como apelido pega mais que o nome, todos já o chamavam, de longe, com receio, pois sabiam que ele não iria aceitar.

 

        Próximo ao meio dia, com fome, deliciando-se com o cheirinho exalado pela carne assando, Eduardo pediu para o Tio Nélio um pedacinho de carne. Tio Nélio, sempre atencioso, lhe mandou pedir para o senhor que estava mexendo nos espetos, mas tinha um, porém: Precisava se aproximar do senhor descalço, e pedir-lhe  chamando pelo nome: Sr. Bojo! Ora, ordem dada, tarefa executada! Eduardo logo se aproximou  e foi pedindo com educação:

Sr. Bojo podes me dar um aperitivo? A reação do assador foi imediata. Queria saber quem lhe tinha revelado seu apelido, atirando de lado o avental e saindo furioso... Os expectadores não perderam tempo, gargalharam muito. Eduardo saiu correndo, foi se esconder para não revelar o autor da façanha. E os expectadores, para não ficarem sem o assador, tiveram muito trabalho para acalmar o Sr. Bojo e ali permanecer.

 

        O fato foi motivo de risadas muitos dias no sitio e até hoje quando é lembrado, mas esta é apenas uma das muitas histórias que serão contadas neste BLOG.

Agradeço a sua atenção: Jairo Machado.

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